Escola Estadual Érico Veríssimo recebe R$ 40 mil para reformas estruturais

Escola Estadual Érico Veríssimo recebe R$ 40 mil para reformas estruturais

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

As escolas estaduais de Santa Maria já começaram a receber os recursos do governo do estado para realizar reformas estruturais. A verba de R$ 3 milhões, decorrente do programa Agiliza Educação, está sendo destinada para instituições classificadas em situação de urgência, ou seja, para aqueles espaços que têm problemas de infraestrutura capazes de impactar o dia a dia da comunidade escolar.

Em Santa Maria, são cinco escolas nessa condição (veja a lista abaixo). A partir desta semana, o Diário mostra o cenário atual de cada uma.

Escola Básica Estadual Érico Veríssimo

Na primeira semana de março, a Escola Básica Estadual Érico Veríssimo, localizada no Bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, recebeu R$ 40 mil do governo do Estado para executar os reparos urgentes de infraestrutura.

– Passamos por um processo de formação e explicação com a 8ª Coordenadoria Regional de Educação para ver como vai ser feito o gasto desse valor. O objetivo é fazer obras e reformas para a melhoria do ambiente escolar para professores, funcionários e alunos – explica o diretor, Lúcio Ramos, 51 anos.

Ainda de acordo com o diretor, a ideia é usar essa verba de R$ 40 mil para várias demandas pendentes, como: reforma do depósito do refeitório, compra de materiais para a cozinha, reparação de parte elétrica, revitalização da sala de convivência dos estudantes, pintura de ambientes, como os banheiros, ajuste na calçada de acesso de cadeirantes, troca de portas e vidros, poda de árvores e corte de gramas.

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Para Lúcio, uma das questões mais urgentes é o refeitório. Isso porque, desde o início do ano letivo, em 23 de fevereiro, a escola começou o Ensino Médio em turno integral. Com isso, os estudantes passam a maior parte do dia na escola e fazem várias refeições no local. Apenas para a reforma deste espaço, estima-se investimento de R$ 20 mil.

Outro problema que a escola planeja resolver é referente a um esgoto da rede pública que passa embaixo do colégio. Isso acabou gerando danos em parte do piso do local. Um pequeno espaço, inclusive, está interditado.

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

A resolução disso, porém, deve ser feita com o restante da verba do estado de R$ 27 milhões, que é destinada para todas as instituições do Estado. A escola ainda não foi informada quanto deve receber desse aporte de recursos.

Para a aluna Fernanda Schmidt Rolim, 15 anos, do 1º ano do Ensino Médio, devido à avaria no piso, o esgoto gera, em alguns momentos, cheiro desagradável.

Atualmente, a Escola Básica Estadual Érico Veríssimo atende cerca de 400 estudantes do Ensino Fundamental (a partir do 4° ano), Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os alunos também percebem que o colégio precisa de melhorias:

– O telhado da escola tem que arrumar porque tem goteiras – afirma a estudante do 1º ano do Ensino Médio, Brenda de Jesus Knewitz, 16 anos.

O forro de várias partes da escola está com danos, o que gera infiltrações e goteiras. De acordo com o diretor, isso é proveniente de calhas entupidas. Com a limpeza e poda das árvores, o problema poderá ser resolvido.

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Outro pedido é da estudante do 1º ano do Ensino Médio, Dhiovana Pires Pedrozo, 15 anos:

– (Precisa arrumar) os banheiros e as salas de aula. Toda a escola precisa ter uma boa estrutura para receber os alunos.

Esse é o segundo ano que o governo do estado realiza repasse de recursos para escolas estaduais por meio do programa Agiliza Educação. Em 2022, a Escola Básica Estadual Érico Veríssimo recebeu uma verba de R$ 70 mil. Com esse recurso, foi possível comprar e instalar ar condicionado em todas as salas de aula e colocar armários para os estudantes do Ensino Médio integral, por exemplo.

De acordo com o coordenador da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), José Luis Eggres, o repasse deste ano é menor pois foi proporcional aos problemas de cada escola. No ano anterior, foi levado em consideração o tamanho da instituição de ensino.

Caso seja solicitado verba complementar, como é a situação da Érico Veríssimo com o esgoto, o recurso será encaminhado pela Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop), que fez um levantamento destes casos pontuais nas escolas da rede estadual.

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Entenda o repasse de recursos

Neste ano, o governo do Estado realizou um levantamento das escolas gaúchas para identificar questões pendentes de infraestrutura. Conforme o diagnóstico, cerca de 95% das escolas da rede estadual do Rio Grande do Sul possuem problemas estruturais. O mapeamento classificou o atendimento às escolas em urgente, intermediário e complementar.

  • Urgência: 176 escolas em situação de urgência, cujas demandas poderiam impactar no uso dos espaços, como falta de água, de banheiros, de cozinhas e de refeitórios
  • Intermediário: 1.898 escolas, que apresentam necessidades de maior complexidade, como reformas elétricas e hidráulicas e obras paralisadas
  • Complementar: 138 escolas que apresentam demandas de baixa complexidade, como manutenção de piso e calçadas e reparos em quadras de esporte, portas e janelas
  • Escolas sem identificação de melhorias: 99

Total: 2.311 (não inclui as escolas militares e prisionais, que também vão receber recursos)

Na tentativa de resolver a condição desses locais de ensino, o governo está destinando R$ 27 milhões, provenientes do Agiliza Educação, para reformas em todas as 2.341 escolas da rede estadual e R$ 3 milhões exclusivamente para os 176 colégios em situação de urgência.

– Com relação à questão dessas escolas que foram classificadas como urgentes, elas receberam já o recurso do Agiliza. A Coordenadoria Regional de Obras Públicas já visitou, juntamente com uma representante da 8ª CRE, essas cinco escolas, viram quais eram as demandas que estavam priorizadas e que levaram as escolas a serem classificadas como urgentes. Foram classificadas as prioridades junto aos diretores das escolas e foi organizado o plano de aplicação desses recursos. Agora, estamos em fase de análise – explica coordenador da CRE, José Luis Eggres.

A expectativa é que a conclusão da análise ocorra nesta semana. A partir disso, as escolas podem realizar com a compra do serviços ou de materiais.

Santa Maria

Em Santa Maria, cinco escolas estão enquadradas na categoria urgente e devem receber maior aporte de recursos, 33 estão com estruturas com necessidades intermediárias e uma escola está classificada como complementar.

Escolas em situação de urgência de Santa Maria

  • Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac
  • Escola Estadual de Ensino Médio Santa Marta
  • Escola Básica Estadual Érico Veríssimo
  • Escola Estadual de Educação Especial Dr. Reinaldo Fernando Coser
  • Escola Estadual de Ensino Fundamental Indígena Augusto Ope da Silva

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